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PREVENÇÃO

Confira cuidados para evitar a hérnia de disco

Especialista traz dicas importantes sobre prevenção contra a hérnia de disco. Confira!

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Imagem ilustrativa da notícia Confira cuidados para evitar a hérnia de disco camera Mudança de hábito e exercício físico ajudam prevenir hérnia no pescoço ou nas costas. | Foto: Reprodução/Freepik

Se você sente dores irradiadas ou doloridas no ombro, braço, nádega ou perna, isso pode ser um indicador de hérnia no pescoço ou nas costas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa condição atinge cerca de 5,4 milhões de pessoas e a idade média da primeira crise de dor ocorre a partir dos 30 anos.

Hérnia é a projeção ou saída por meio de um orifício ou fissura. Já o disco é a estrutura feita de cartilagem em forma discal que fica entre as vértebras da coluna. Entre os ossos vertebrais da coluna vertebral, existem pequenas estruturas em forma de almofadas, chamadas discos espinhais. Esses discos melhoram a mobilidade e a absorção de choques na coluna vertebral.

Às vezes, a camada externa de um disco espinhal, chamada de fibrose do anel, rasga. Se isso acontecer, o núcleo interno em forma de gel do disco, chamado núcleo pulposo, pode vazar através desse tecido rompido.

A hérnia de disco pode alterar a mecânica articular adjacente e comprimir e irritar as raízes nervosas espinhais próximas, o que causa muita dor e incômodo. No que se refere à localização, cabe destacar que a hérnia de disco pode ocorrer em qualquer área da coluna, porém existem algumas partes que são mais suscetíveis para isso, como a região lombar e a cervical.

“A hérnia de disco sempre esteve presente na população, bem como a protusão discal, de forma sintomática ou assintomática, a sobrecarga do corpo já existe há anos e vive-se normalmente”, explica o osteopata Romário Batista.

Osteopata Romário Batista
📷 Osteopata Romário Batista |Foto: Divulgação

Ele aponta que o momento ainda pós-pandemia de trabalho em casa, o chamado home office tornou-se mais frequente, bem como o crescimento da era digital, com uso excessivo de smartphones associado a uma postura inadequada e sedentarismo.

É de extrema importância identificar o tipo de hérnia, se há compressão ou não da raiz nervosa, e se realmente ela tem relação com a dor. Dentro de um contexto de raciocínio osteopático, o foco do tratamento é sobre as áreas que não estão funcionando adequadamente e que acabam gerando uma hérnia de disco. “A área ou áreas em disfunções que causam dor podem ser da própria coluna vertebral, visceral, músculos, cicatrizes, dentre outros fatores”, detalha.

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Um dos sintomas da hérnia é a dor no território do nervo ciátio, chamada de ciatalgia. Artigos mostram que as dores nas pernas relacionas a dor lombar nem sempre são em decorrência do nervo ciático.

“Na osteopatia é preciso diferenciar os mecanismos de dores, a neuropática, chamada de ciática, e as dores referidas (ciatalgias), sendo assim diversas estruturas podem falsear uma dor ciática, tais como: ligamentos, músculos, visceras, disco, etc.. sendo confundida com hérnia de disco, mesmo com a presença da mesma”, analisa.

As mulheres podem sim desencadear dores lombar e quadros de hérnia de disco por situações diferentes das dos homens, como por exemplo, as disfunções funcionais devido o período pré-menstrual ou menstrual, e os fatores hormonais, tais como a relaxina que aumenta a elasticidade dos tecidos.

“Pode-se dizer também que a frequência de cesáreas e cirurgia estéticas, como abdominoplastias realizadas por mulheres podem gerar depois de alguns anos dor lombar e quadros de hérnia de disco”, afirma o osteopata.

Os sinais clínicos (efeitos) em um individuo que apresenta realmente uma hérnia de disco acometendo a ciática, independentemente do gênero, podem incluir dor ao se abaixar ou inclinar para trás; dor na posição sentada; dor ao tossir ou espirrar, associado a testes positivos de radiculopatia, podendo apresentar ausência de reflexos ou não, e alterações da condição de contração do músculo ou não.

Como evitar

Existem alguns fatores que influenciam nas degenerações discais, tais como: idade, fatores genéticos, nutricionais, metabólicos, infecciosos e mecânicos traumáticos. Esses fatores mudam o comportamento do tecido e como eles vão reagir fisiologicamente gerando lesão no disco, sendo assim, o que vai influenciar no momento atual e no futuro a nível celular do disco é o estilo de vida, envelhecimento, trabalho e cigarro.

“Uma pessoa que quer uma boa qualidade de vida hoje e no futuro deve sim mudar seu hábitos de vida, e procurar se movimentar, realizar exercício físico, e procurar cuidar da sua saúde mesmo sem sentir dores, e a osteopatia é um excelente caminho, principalmente para quem apresenta esse quadro de dores na coluna vertebral”.

Idade é fator de risco

O fisioterapeuta geriátrico Eduardo Mafra relata que existe relação entre a hérnia de disco e o avanço da idade. “O envelhecimento traz consigo numerosas manifestações físicas peculiares: sobrepeso, desgaste articular fisiológico e redução dos níveis de colágeno, sedentarismo, além de alterações posturais não tratadas na fase jovem que acabam por contribuir para que as herniações se formem”.

Assim como Romário Batista, ele insiste na adoção de hábitos saudáveis como a melhor forma de prevenção. “Alimentação com menor ingestão de carne vermelha, que é pró inflamatória; atividade física regular (de baixo impacto) como as realizadas em piscinas; caminhadas regulares podem ser de grande valia, sobretudo pela praticidade”.

Ainda podem ser consideradas boa postura evitando posturas curvadas e/ou inclinadas por longo tempo; evitar sobrepeso; controlar níveis de estresse para que níveis de tensões elevados não acabem tensionando músculos de região onde a hérnia se encontra e gere dor, acompanhamento psicológico, interações sociais moderadas podem ser úteis, além de terapias como acupuntura, massagem relaxante , yoga, meditação dentre outros. “A fisioterapia é uma ótima aliada sim, sobretudo quando o tipo de hérnia que paciente apresenta não tem indicação cirúrgica”.

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