Mais de 20 mil pessoas devem passar pelo Terminal Rodoviário de Belém

Com o espaço lotado, o movimento de passageiros era intenso no Terminal Rodoviário de Belém. Restou paciência a quem planejou deixar a capital ontem à tarde. Para este terceiro fim de semana de julho, a estimativa da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda (Sinart) é de que 20.452 pessoas movimentem o local.

Acompanhado de familiares, o pedreiro Odenilson de Oliveira Veiga, 39, era um dos passageiros que estavam com malas prontas para embarcar, tendo como destino o município de Colares, nordeste paraense. “Viemos do Marajó e já vamos emendar para lá. Estou de férias, tem de aproveitar”, comenta.

De folga do trabalho até a próxima terça-feira (18), o técnico de enfermagem Rafael Silva, 33, estava pronto para embarcar com a esposa, cunhada e irmãos para Irituia. “Vai ser o único fim de semana de folga, por conta do trabalho e do gasto. Vou para descansar mesmo”, conta.

O cenário não era diferente na Praça Lauro Sodré, em São Brás, ponto de embarque dos ônibus que fazem linha para a ilha, localizada a 70 quilômetros da capital. Nem o sol quente conseguiu desanimar os veranistas que formavam filas aguardando pela viagem. Para Mosqueiro, foram disponibilizados 100 veículos extras somente neste fim de semana.Para a empregada doméstica Raimunda Pereira, 55, a Baía do Sol é destino certo no mês de julho, onde ela tem uma casa. “Tive uma folga do trabalho. Então, fico até domingo. A vontade era de ficar o mês inteiro”, confessa ela, que vai com as nestas.

MANIFESTAÇÃO

Por volta das 17h, o fluxo de veículos que transitavam pela rodovia BR-316, sentido saída de Belém, era intenso. A lentidão já começava desde o quilômetro três, se estendendo até o quilômetro 12 da via. Pela manhã, um grupo de moradores do município de Marituba protestou na rodovia, no quilômetro nove. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os manifestantes cobravam a implantação de faixa de pedestres e/ou passarela no perímetro.

À tarde, a reportagem do DIÁRIO esteve naquele trecho e constatou a existência de uma passarela no km 9 da via. Mesmo assim, alguns pedestres e ciclistas ainda se arriscavam na travessia da via, utilizando uma faixa de pedestres pintada de preto. Agentes da PRF orientavam o trânsito no local, a fim de evitar acidentes. Uma das pessoas que atravessava a via era a estudante Adriana Alves, 21. Ela explicou que existia uma faixa naquele local, mas que há cerca de quatro meses foi ‘apagada’. “A gente continua passando por aqui. Mas ficou ruim porque os carros não querem parar”, conta.

DESTINOS

No Estado, os veranistas procuram Mosqueiro, Salinópolis, Bragança, Marudá, Colares e Vigia. Já para fora do Estado a preferência é por São Luís, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)