A posse dos primeiros servidores efetivos da Fundação Carlos Gomes (FCG) é um marco na história centenária da instituição. Nesta sexta-feira (07), em cerimônia solene, foram empossados 43 profissionais, entre professores de música, professores auxiliares e técnicos em música.
“Eu não posso mostrar o meu sorriso por causa da máscara de proteção, mas o brilho dos meus olhos diz tudo”, afirmou emocionado, Eduardo Nascimento, um dos novos servidores empossados para o cargo de professor de música, com habilitação em canto.
Segundo o professor Eduardo, ser um dos primeiros concursados da Fundação, na qual ele cresceu, é indescritível. “Minha história no Conservatório se inicia em 1990. É fantástico porque eu construí a minha carreira e a minha vida aqui dentro''.
"Passei por todos os processos, como musicalização, curso técnico, graduação, especialização, tudo dentro dessa Casa. Se antes já era bom e o trabalho era feito com o coração, agora vai ser cada vez melhor”, completou ele.
Segundo a superintendente da Fundação, Glória Caputo, além de um grande sonho, a posse dos primeiros concursados entra para a história da instituição. “Desde a criação do Conservatório, em 1897, pela primeira vez, empossamos professores efetivos por meio de concurso público. Pessoalmente representa muito para mim. Em 1951, me tornei estudante do Carlos Gomes e hoje estou dando posse para os primeiros concursados da instituição, com o objetivo de legalizar a nossa Casa”.
Os novos servidores foram divididos em grupos para participar da celebração na Sala Ettore Bósio, nas instalações do Conservatório, garantindo as medidas de distanciamento social e demais protocolos de atenção à saúde. O concurso ofertou 90 vagas, entretanto, apenas 63 profissionais foram aprovados. Os 20 profissionais ainda não empossados, solicitaram prorrogação por conta de pendências documentais.
Para a mais nova empossada no cargo de professora de música, com habilitação em viola, Jade Guilhon, o momento é de grande conquista. “Essa instituição tem um valor inimaginável para nós e para a cultura e educação musical do Estado. É uma honra fazer parte dessa história. Desde criança, quem estuda música tem a Fundação como referência e sonha em fazer parte dela. Conseguimos ir além e estar aqui como os primeiros concursados, é realmente incrível”.
“Essa posse representa o reconhecimento e a valorização do nosso esforço. A gente precisa que os professores de música tenham esse espaço, para que a educação musical continue sendo promovida com qualidade, porque é de importância impar para o Pará ter mais profissionais sendo qualificados e fazendo com que a nossa cultura de grandes músicos continue a fluir”, ressalta a professora Jade.
Segundo o diretor de Ensino da Fundação, Joel Costa, o recredenciamento do curso de bacharelado junto ao Conselho Estadual da Educação é outra realização importante para a instituição. “Atuamos com cursos livres de musicalização, cursos técnicos profissionalizantes e o curso de bacharelado em música. A expectativa é que a partir da posse dos novos professores efetivos poderemos ofertar mais vagas de ensino na instituição e atender ainda melhor os nossos alunos no desenvolvimento musical do Estado. Vamos poder dar voos mais altos”.
“O empenho do Governador foi muito importante para que esse momento se realizasse. O destino traça caminhos incríveis. A Fundação foi criada em 1986, pelo ex-governador Jader Barbalho e hoje, em 2020, o Governador Helder Barbalho legaliza a posse dos nossos primeiros concursados”, relembra a superintendente Glória Caputo.
CONCURSO
O Concurso Público C-180 foi aberto em julho de 2018, quando não existiam as funções ofertadas legalizadas, falha corrigida pela atual administração. O objetivo é cumprir as exigências de órgãos como o Ministério da Educação e o Conselho Estadual de Educação, que determinam que o curso de bacharelado de Música tenha um quadro permanente. Com o ajuste, será possível regulamentar o bacharelado, para formar, posteriormente, novos músicos.
O decreto de nomeação foi assinado em 07 de julho, pelo governador Helder Barbalho e publicado no dia seguinte no Diário Oficial do Estado. A convocação dos primeiros professores efetivos da Fundação Carlos Gomes obedece aos trâmites da Lei nº 9.044, de 4 de maio deste ano, sobre a reorganização da instituição, que também estabelece o retorno do vínculo institucional à Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Segundo a lei, a principal missão da FCG é a formação musical no Estado, desenvolvendo atividades na área de ensino, extensão e pesquisa.
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