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Belém tem sexta-feira de centro comercial cheio e engarrafamentos

Trânsito parado e diversos pontos de aglomeração de pessoas. Esse foi o cenário encontrado nas ruas do centro comercial de Belém na manhã de ontem (5) e que poderia até ser considerado normal, se não estivéssemos em meio a uma pandemia do novo coronavírus

Imagem ilustrativa da notícia Belém tem sexta-feira de centro comercial cheio e engarrafamentos camera Movimento intenso de pessoas foi o cenário do dia no centro comercial de Belém | Mauro Ângelo

Trânsito parado e diversos pontos de aglomeração de pessoas. Esse foi o cenário encontrado nas ruas do centro comercial de Belém na manhã de ontem (5) e que poderia até ser considerado normal, se não estivéssemos em meio a uma pandemia do novo coronavírus que já deixou mais 1.500 mortos em Belém (de acordo com dados da própria Prefeitura).

Uma força tarefa, com agentes de segurança, vigilância sanitária e ordem pública chegou a ir de loja em loja e orientar os comerciantes, mas a falta de conscientização entre os frequentadores do comércio deixou o trabalho bastante difícil. A aglomeração já começava na avenida Boulevard Castilhos França, uma das principais vias de acesso ao comércio e Mercado do Ver-o-Peso. O trânsito completamente parado era uma amostra da quantidade de pessoas nas ruas nesta sexta-feira e nem mesmo o anúncio de que algumas linhas de ônibus seriam impedidas de passar pelo local foi capaz de parar o movimento.

Na Boulevard Castilhos França, muito engarrafamento mesmo com bloqueios da Semob
📷 Na Boulevard Castilhos França, muito engarrafamento mesmo com bloqueios da Semob |Mauro Ângelo

Para restringir o acesso ao centro comercial e estimular o isolamento social, a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB) anunciou que iria diminuir o acesso de ônibus ao Ver-o-Peso que teriam como destino a avenida Tamandaré. O desvio seria feito ainda na avenida Presidente Vargas. Porém, o que se viu no meio da manhã foram motoristas desrespeitando a orientação e seguindo o seu trajeto normal, aumentando ainda mais o fluxo de veículos na área. Além da tentativa de desvio nas linhas de ônibus, a SeMOB realizava bloqueios de trânsito nas ruas 13 de Maio, Manoel Barata, 15 de Novembro e Frutuoso Guimarães, para não permitir o tráfego de veículos na área do centro comercial.

Ao entrar no centro comercial, a aglomeração ficava ainda maior sendo praticamente impossível praticar o distanciamento social mínimo para evitar o contágio da Covid-19. Apesar disso, comerciantes tentavam a todo custo cumprir as regras para manter o funcionamento dos estabelecimentos comerciais. Em uma loja de variedades, na travessa Padre Eutíquio, uma grande fila de clientes se formou na entrada, funcionários tentavam a todo momento reforçar o distanciamento entre os clientes. Com entrada regulada, todos eram obrigados a entrar no estabelecimento com máscaras e apenas após passar álcool em gel nas mãos.

Lojistas organizavam filas para que clientes entrassem para fazer as compras
📷 Lojistas organizavam filas para que clientes entrassem para fazer as compras |Mauro Ângelo

A gerente do estabelecimento, Elitania Ferreira, disse que a principal dificuldade tem sido em conscientizar a população para evitar aglomeração. “Tem pessoas que não respeitam. Às vezes vem cinco pessoas da mesma família para tentar comprar alguma coisa, mas a loja tem feito um controle. Deixamos claro que deve entrar um por vez porque a pandemia não parou e reforçamos que deve ser comprado apenas o necessário”, afirmou.

Em uma loja de tecidos na avenida Portugal a fiscalização era ainda mais rígida. A própria dona do estabelecimento, Silvia Haber, estava na porta do comércio e permitia a entrada de apenas duas pessoas por vez. Não sem antes ela mesma passar o álcool em gel nas mãos de clientes. “Não estamos deixando as portas abertas, temos uma grade protegendo e vamos higienizando as mãos de todos. Temos que tomar todas as precauções porque ninguém quer voltar ao lockdown, mas é difícil porque o povo não tem consciência. Infelizmente ainda teremos muito trabalho pela frente”, comenta.

Na entrada, máscaras e álcool em gel se tornaram itens obrigatórios
📷 Na entrada, máscaras e álcool em gel se tornaram itens obrigatórios |Mauro Ângelo

A coordenadora geral da Ordem Pública do Município, delegada Elizete Cardoso, declarou que a fiscalização no centro comercial não tem sido fácil e pediu mais conscientização da população. “A gente vê que os comerciantes estão se habituando e acatando nossas sugestões. O problema são as pessoas que, com a suspensão do lockdown, pensam que podem circular livremente no comércio. Eu me deparo com famílias inteiras por aqui e peço que elas venham apenas se necessário”, avisa.

Elizete afirmou ainda que após o quarto dia da força-tarefa foram visitados mais de 150 estabelecimentos comerciais e aplicadas mais de dez multas em lojas irregulares, inclusive em pessoas que não estavam usando a máscara de proteção. Além disso, foram retirados mais de 150 ambulantes irregulares das calçadas do centro comercial que, por ocuparem um local de trânsito de pessoas, colaboravam com a aglomeração. Facilitando a propagação do novo coronavírus.

GUAMÁ

O bairro mais populoso da capital paraense, com quase cem mil habitantes, também segue movimentado. Por suas vias, centenas de pequenos e médios comerciantes já fazem a movimentação diária. Durante a tarde desta sexta-feira, o DIÁRIO percorreu algumas vias do bairro para verificar como os moradores estão encarando o retorno das atividades.

No Guamá, feirantes tentam recuperar o tempo perdido
📷 No Guamá, feirantes tentam recuperar o tempo perdido |Fernando Araújo

Enquanto as ruas seguem cheias, os comerciantes querem correr atrás do prejuízo. É o caso do feirante Ronaldo Oliveira. “A gente viu o movimento cair e não pôde fazer nada. As pessoas não querem se arriscar, mas a gente precisa para pagar as contas, então ficamos numa situação bem complicada. Ficar em casa e morrer de fome ou sair para trabalhar. Foi difícil, mas vencemos”, conta.

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