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ALTAMIRA

Saiba a importância da reserva indígena no Pará "monitorada" por bolsonarista 

O militante bolsonarista Edward Luz virou notícia após ser preso por uma equipe do Ibama, no domingo (16), em Altamira, sudoeste do Pará. Edward, que é formado em antropologia, tentou impedir uma fiscalização na terra indígena Ituna-Itatá, que tinha co

Imagem ilustrativa da notícia Saiba a importância da reserva indígena no Pará "monitorada" por bolsonarista  camera reprodução

O militante bolsonarista Edward Luz virou notícia após ser preso por uma equipe do Ibama, no domingo (16), em Altamira, sudoeste do Pará. Edward, que é formado em antropologia, tentou impedir uma fiscalização na terra indígena Ituna-Itatá, que tinha como objetivo retirar gado na área. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que ele é detido ao desobedecer a ordem para se retirar do local.

Muitos se perguntaram sobre os motivos que fariam um antropólogo, supostamente um profissional que trabalha pela preservação da ancestralidade e história, tentar impedir uma fiscalização na terra indígena que foi a mais desmatada da Amazônia em janeiro deste ano, com 9 km² de devastação, segundo levantamento da ONG Imazon.

Em 2019, a terra Ituna-Itatá teve o maior desmatamento do país, correspondendo a 13% do total registrado pelo Prodes, o projeto de monitoramento via satélite da Amazônia. Entre 2018 e 2019, a área registrou um aumento de 700% no desmatamento, com perda de 23% da cobertura florestal apenas no último ano.

O desmatamento que acontece na terra indígena que fica no Pará deve-se, sobretudo, à presença da usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada em Altamira e que começou a ser construída em 2011. O crescimento demográfico em torno da cidade de Altamira faz com que centros urbanos e residenciais cresçam, muitas vezes dominados por grileiros e posseiros. A ação das quadrilhas de invasores, destaca o procurador da República Adriano Lanna, que acompanha os trabalhos de fiscalização na região, pode impactar as terras Trincheira-Bacajá, dos índios Xikrin, e Koatinemo, dos Assurini, que fazem divisa com Ituna-Itatá.

O incentivo à mineração em terras indígenas também é outro fator apontado pelo Ministério Público Federal no Pará como uma das causas do expressivo desmatamento na região. Em 5 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro assinou um projeto de lei que autoriza a exploração mineral, produção de petróleo, gás e geração de energia elétrica em terras indígenas – o texto ainda precisa passar pela análise do Congresso.

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