O ano de 2020 deve fechar com um total de 66.280 novos casos
de câncer de mama no Brasil. A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer
(Inca), órgão auxiliar do Ministério da Saúde para o desenvolvimento e
coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no
país. Uma delas é o Outubro Rosa, dedicado à conscientização e informação,
inclusive sobre medidas preventivas, como a busca por uma alimentação
equilibrada, que aliada a outros fatores diminui as chances de uma pessoa desenvolver
a doença.
A nutricionista com especialização em oncologia, Liliane
Ramos, do Centro Integrado de Oncologia (Cion), explica que a alimentação
saudável é uma importante aliada que deve ser praticada conjuntamente com
outras medidas. “Está atrelada à prevenção, assim como atividade física, o
controle de peso e do estresse. Podemos falar em uma tríade formada por
alimentação saudável, atividade física e melhor qualidade de vida”, afirma.
Quando o assunto é alimentação saudável, segundo ela, duas
palavras são fundamentais: moderação e equilíbrio. “É importante ter uma
alimentação individualizada que leve em conta a rotina de vida e os hábitos alimentares
de cada pessoa”, explica ela, enfatizando o papel fundamental do profissional
de nutrição nesse contexto.
No entanto, a nutricionista ressalta que, de modo geral,
alguns alimentos são essenciais para se manter uma dieta balanceada. “Ela deve
ser baseada em alimentos naturais como frutas, verduras e legumes, e isso
inclui alimentos típicos da região como a castanha-do-pará e os peixes, que
ajudam bastante nessa questão da prevenção”, diz.
SEM EXAGERO
Por outro lado, a profissional orienta que alguns alimentos
devem ser consumidos com moderação. “É o caso da carne vermelha. O ideal é
consumir de uma a duas vezes por semana ou então 500 gramas nos sete dias”,
orienta. Esse também é o caso dos chamados carboidratos simples, como o pão
branco e o arroz comum. A farinha, consumida em excesso principalmente com o
açaí também requer atenção.
Já outros alimentos como açúcar e sal necessitam de um
cuidado maior. “Devem ser evitados, mas caso sejam consumidos é importante
estar atendo a quantidade ingerida ao longo dia”, destaca.
Ela faz ainda um alerta com relação aos alimentos
processados, que são aqueles produzidos basicamente adicionando-se sal, açúcar,
óleo ou vinagre aos alimentos in natura ou minimamente processados, como é o
caso daqueles conservados em salmoura, frutas preservadas em açúcar, carnes
salgadas ou defumadas e queijos. O mesmo ocorre com os chamados
ultraprocessados produzidos com a adição de muitos ingredientes, como os
biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes e macarrão
instantâneo. “A alimentação deve ser a mais natural possível, ou seja, com
alimentos que não precisam ser desempacotados e desembalados para serem
consumidos”, explica.
A nutricionista reforça ainda que, aliada às medidas preventivas voltadas para alimentação, controle de peso e estresse, o exame para detectar o câncer de mama é fundamental. “O autoexame é importante, mas sabemos que ele só detecta o nódulo em fase inicial, por isso os exames radiológicos são fundamentais para a prevenção”, diz.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar