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NOTA EXTINTA

Dois anos depois: cadê a nota R$ 200 que pouca gente viu?

A cédula foi criada pelo Banco Central no ano de 2020, primeiro ano de covid-19 para evitar eventual desabastecimento de papel moeda entre a população brasileira.

Imagem ilustrativa da notícia Dois anos depois: cadê a nota R$ 200 que pouca gente viu? camera A nota de R$ 200 compraria menos que em 2020 | Divulgação

Por onde anda a extinta nota de R$ 200? nesta terça-feira (06) a nota do lobo-guará completa dois anos de existência.

Com ares de raridade quase ninguém viu a nota nesse momento, somente uma a cada quatro cédulas existentes nesse valor circulam atualmente no mercado.

Em outra frente, a inflação corroeu 19,6% do poder de compra da estampa do lobo-guará, que hoje vale só R$ 161.

Como explicar o sumiço?

Especialistas apontam que o sumiço da nota ocorre porque cada vez mais pessoas armazenam grande quantidade da cédula em casa. Essa prática que é conhecida como "entesouramento" não é ilícita, mas pode facilitar crimes como evasão fiscal e lavagem de dinheiro.

Outra hipótese que explica o sumiço da nota do lobo-guará é que a popularidade do Pix tenha levado menos consumidores a usarem dinheiro em espécie.

Criação

A cédula foi criada pelo Banco Central no ano de 2020, primeiro ano de covid-19 para evitar eventual desabastecimento de papel moeda entre a população brasileira.

A nota foi alvo de memes desde o seu lançamento, aprovada nos anos 2000, a estampa com logo-guará estava sendo guardada para ser usada caso surgisse a necessidade de criação de uma nova cédula.

Ainda em 2020 com o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 uma medida de alívio à pobreza coordenada pelo ministério da Cidadania em parceria com a Caixa Econômica Federal.

"Então, no lugar de distribuir seis notas de R$ 100, a Caixa pagaria o benefício com três de R$ 200. Nisso, houve um benefício logístico", explica Carla Beni, economista e professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O que aconteceu com a nota de R$ 200?

O governo atualmente retém 312, 5 milhões cerca de 74,4% das 420 milhões de notas produzidas no início da pandemia. A especialista da FGV aponta dois motivos pelo sumiço da cédula de R$ 200. O principal é que lojistas não querem receber notas de alta denominação porque elas dificultam o troco.

As instituições financeiras como consequência da baixa demanda provocada por essa rejeição não solicitam ao BC mais cédulas nesse valor, é uma nota que equivale 20% do salário mínimo.

Em 2021, o meio do pagamento eletrônico chegou a representar 10,6% do total de pagamentos de varejo tendo um crescimento médio mensal de 12% transações.

Sendo a maior parte das transações entre pessoas, havendo potencial para expansão nos demais casos de uso.

A nota de R$ 200 vai sair de circulação?

Provavelmente não, pois não há planos do BC para descontinuar a nota o uso da nota, "A entrada em circulação da cédula de R$ 200, assim como aconteceria com qualquer outra nova denominação, ocorre de forma gradual e de acordo com a demanda da sociedade. O ritmo de utilização da cédula de R$ 200 vem evoluindo em linha com o esperado, e seguirá em emissão ao longo dos próximos exercícios", diz a instituição em nota ao UOL.

"A nova cédula foi incorporada à Segunda Família de Cédulas do Real e passou a compor o meio circulante do país por tempo indefinido.".

R$ 200 hoje compraria menos que em 2020

Com a inflação em alta, em julho de 2022 (último dado disponível) o valor da nota de R$ 200 é 19,6% menor que em setembro de 2020, em valores corrigidos pela inflação. Isso significa que a cédula de R$ 200 tem hoje poder aquisitivo equivalente a R$ 161.

Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) compras para um almoço simples com 1 kg de carne bovina (R$ 45,68) e outro de feijão (R$ 8,68), 5 kg de arroz branco (R$ 19,60), 1 kg de batata (R$ 6,30), 1 kg de tomate (R$ 6,77), a dúzia da banana (R$ 9,37), 5 kg de açúcar (R$ 20,75) e 900 mL de óleo (R$ 10,30) custam hoje R$ 127,45 na cidade de São Paulo.

Para o café da manhã e lanches no carrinho, como farinha de trigo (R$ 6,27), pão francês (R$ 17,20), café (R$ 41,44) e manteiga (R$ 62,05), o valor de uma compra no supermercado chega aos R$ 254,41.

Em 2020, a carne custava R$ 32,07; o litro de leite, R$ 4,64; o quilo do feijão, R$ 6,96; 5 kg de arroz, R$ 15,85; a farinha de trigo, R$ 4,77; a batata, R$ 4,06; o tomate, R$ 4,03; o pão, R$ 13,23; o café, R$ 21,14; a banana, R$ 6,87; 5 kg de açúcar, R$ 12; o óleo, R$ 4,16; e o quilo da manteiga, R$ 45,35. A soma dá R$ 175, ou R$ 79,28 a menos que em 2022.

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