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"QUEIMA DE ARQUIVO"

Queiroz diz que saiu do Rio por medo de ser assassinado

A declaração de Fabrício Queiroz ocorreu em entrevista ao SBT, três anos depois de se manter em silêncio. Ele é apontado como organizador do esquema das "rachadinhas" no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro

Imagem ilustrativa da notícia Queiroz diz que saiu do Rio por medo de ser assassinado camera Reprodução

Um dos nomes mais pertinentes durante o governo Bolsonaro foi o do policial militar aposentado Fabrício Queiroz. Amigo da família do chefe do Executivo nacional, ele é alvo da investigação que apura as “rachadinhas”, o desvio de dinheiro público por meio de confisco ilegal de parte ou da totalidade do salário de servidores, no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

Na terça-feira (23), em entrevista ao SBT, Queiroz disse que sonha em retomar a amizade com Jair Bolsonaro e complementou que saiu do Rio de Janeiro com medo de ser morto. As informações são do jornal EXTRA.

Passados três anos de silêncio sobre o caso, o ex-assessor parlamentar afirmou que, “se Deus quiser”, vai provar sua inocência. Ele também negou a existência das “rachadinhas”, na qual é apontado como organizador do esquema de devolução do salário de parte dos servidores na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), à época que Flávio era deputado estadual.

“Se Deus quiser vou provar a minha inocência. Meu sonho é voltar a ter amizade com o presidente”, falou à emissora.

Há alguns meses, Queiroz expôs em suas redes sociais que havia sido abandonado por aliados do presidente. O que talvez justifique o aceno público a uma reconciliação com Bolsonaro.

Queiroz também participou das manifestações de 7 de setembro em apoio ao chefe do Executivo. Protestos que continham pautas antidemocráticas como ameaças aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso.

Ainda de acordo com Queiroz, ele deixou o Rio com medo de ser morto. Segundo ele, o eventual crime teria objetivo de culpar Jair Bolsonaro. “Seria queima de arquivo para cair na conta do presidente, como aconteceu com o capitão Adriano (da Nóbrega)”, disse o ex-assessor.

A fala é em alusão ao assassinato de Adriano, morto em operação policial na Bahia em 2020. Ele é apontado como líder do chamado Escritório do Crime, uma das mais poderosas milícias do RJ. Segundo o Ministério Público, Adriano também estaria implicado no esquema das “rachadinhas” no antigo gabinete de Flávio.

Durante a entrevista, Queiroz também negou relações com Frederick Wassef, advogado do clã Bolsonaro, e afirmou que só o conhece pela TV. Segundo o policial, ele só ficou na casa do defensor em Atibaia, interior de SP, apenas para fazer um tratamento de saúde. Wassef o teria abrigado apenas para proteger o presidente, afirma.

O ex-assessor também disse que Wassef não é o “Anjo” mencionado em mensagens trocadas com familiares, sem expressar diretamente o nome do advogado. Porém, o MP do Rio obteve áudio da mulher de Queiroz, Marcia Aguiar, onde vincula diretamente Wassef ao apelido.

Os promotores acusam Queiroz de ser o operador do esquema das “rachadinhas” e que fazia pagamentos das contas pessoais de Flávio e da família dele. O senador, por sua vez, usava uma loja de chocolates para receber o dinheiro e o retirava como se fosse lucro.

Segundo Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os saques e depósitos na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 somam R$ 1,2 milhão.

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