Especialistas alertam que o drama registrado na capital do Amazonas, com a falta de oxigênio nos hospitais devido a escalada de casos de coronavírus, pode se alastrar por todo o país. As informações são do Extra.
De um lado, um produto que precisa ser reposto em caráter imediato. Do outro, indústrias que se desdobram para elevar rapidamente a produção, mas não conseguem atender a demanda, ou seja, mesmo com o grande volume de doações, o oxigênio acaba não chegando a tempo para quem precisa.
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Na primeira onda de Covid-19, no ano passado, o consumo de oxigênio era de 30 mil metros cúbicos em Manaus, patamar muito acima do registrado antes da pandemia. Agora, segundo a White Martins, empresa que tem a maior fatia do mercado, a demanda já chegou a 70 mil metros cúbicos diários, quase três vezes a capacidade de produção da empresa na cidade.
Para o consultor Ronaldo S Santos, a falta de planejamento público explica o quadro atual de Manaus, "onde deveria ter sido pedido um plano de ação das empresas para fornecimento ao longo do ano passado".
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Já o professor de Gestão de Cadeia de Suprimentos do Insper Vinícius Picanço, alerta que o que está acontecendo em Manaus, pode se repetir em outras localidades com limitações na infraestrutura de transportes, em parte do Nordeste e no interior.
Preocupação com o Norte
Os especialistas são categóricos ao afirmarem que pode haver falha na oferta de oxigênio em outras partes do país a depender do aumento de casos. A maior preocupação é com outros estados da Região Norte, onde não há produção local de oxigênio, segundo enfatiza Jorge Mathuiy, diretor comercial da MAT, maior produtora de cilindros do Brasil.
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A Federação das Indústrias do Estado (Fiam) disse, em nota, que o cenário é de caos e que o governo do estado fala em licitar 11 minifábricas de oxigênio para hospitais, segundo Antônio Silva, presidente da entidade. Grandes empresas do setor financeiro, consumo e aéreo estão doando equipamentos e cilindros, a maior dificuldade, porém, é fazer a ajuda chegar.
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