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MACAPÁ

PM espanca mulher durante abordagem: "Preta vagabunda!"

Um grupo de policiais militares foi flagrado agredindo uma mulher preta com chutes e socos durante a madrugada de sexta-feira (18), em Macapá (AP). O vídeo, gravado por moradores das proximidades de onde aconteceu a ocorrência, repercutiu nacionalmente

Imagem ilustrativa da notícia PM espanca mulher durante abordagem: "Preta vagabunda!" camera Reprodução

Um grupo de policiais militares foi flagrado agredindo uma mulher preta com chutes e socos durante a madrugada de sexta-feira (18), em Macapá (AP). O vídeo, gravado por moradores das proximidades de onde aconteceu a ocorrência, repercutiu nacionalmente e gerou revolta.

A gravação mostra o momento em que a mulher leva um soco no rosto durante uma abordagem. A vítima é a pedagoga Eliane Espírito Santo da Silva, de 39 anos, afirma que mais uma vítima de racismo.

“Para mim isso foi uma tortura, mexeu muito com meu psicológico. […] Eu fui chamada de preta, fui chamada de vagabunda por eles na delegacia. Eu me senti ofendida e para mim foi um preconceito muito grande, porque éramos os únicos negros ali. O correto era todo mundo ser ouvido. Por que eu vou pagar fiança por um crime que eu não cometi? Por que o policial me agrediu se eu não ofendi ele e estava apenas fazendo um vídeo?”, disse

Nas imagens, enquanto policiais revistam dois homens, Eliane reclama com os agentes.Um deles tenta imobilizá-la, dá uma rasteira e a derruba. Já no chão, ela é agredida com um soco no rosto.

Após a repercussão nacional do caso, a PM do Amapá se manifestou. A instituição classificou a ação como racista e disse tratar-se de um caso isolado e que vai apurar.

Em nota, o governador do estado, Waldez Góes (PDT), descreveu que a ação foi “recheada de atitudes racistas”. Por isso, ele informou que determinou ao comando da PM a “apuração criteriosa e rápida dos fatos”.

A abordagem teria acontecido na sexta-feira 18 à noite, numa região chamada Loteamento São José, na Zona Norte da cidade. A pedagoga foi presa e apresentada no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval por resistência, desacato e desobediência.

“A polícia já abordou a gente apontando as armas para o carro. Abordou todo mudo menos eu; um deles deu um soco no estômago do meu marido. Eu falei para a equipe liberar o adolescente porque ele é do interior, e estava sob minha responsabilidade. Eu atravessei, fiquei na calçada de casa. Só um deles me agrediu”, comentou.

De acordo com Eliane, a ação começou quando ela estava dentro do carro de um amigo da família, na frente de casa; no veículo estavam ela, o marido, dois amigos, um adolescente de 15 anos, e uma sobrinha de 4 anos.

A pedagoga disse que três policiais militares iniciaram a revista nos homens, enquanto mandaram ela ir para o outro lado da rua. Eliane também começou a gravar um vídeo do próprio telefone, que foi apreendido pela equipe.

O marido dela, Thiago da Silva, também foi detido pelas mesmas acusações. Ambos tiveram que pagar fiança de R$ 800 para serem liberados.

A Polícia Militar do amapá informou que afastou os agentes.

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