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TRANSMISSÃO COMUNITÁRIA

Coronavírus se tornou mutante no Brasil: "não teremos remédios para salvar vítimas"

Pesquisadores estão fazendo um apelo sobre a necessidade do isolamento social para conter o avanço da pandemia no país após a comprovação genética da transmissão comunitária. As informações são do O Globo.A reportagem do jornal O Globo destaca que o traba

Imagem ilustrativa da notícia Coronavírus se tornou mutante no Brasil: "não teremos remédios para salvar vítimas" camera Coordenador do estudo explica que não haverá vacina ou remédios prontos a tempo de salvar as vítimas da pandemia. | Josué Damacena/Divulgação

Pesquisadores estão fazendo um apelo sobre a necessidade do isolamento social para conter o avanço da pandemia no país após a comprovação genética da transmissão comunitária. As informações são do O Globo.

A reportagem do jornal O Globo destaca que o trabalho mostra que o vírus Sars-CoV-2 já se propagou no país a ponto de apresentar características que o distinguem dos coronavírus introduzidos.

Chamado de vigilância genética viral, o trabalho é fundamental para saber como e o quanto a Covid-19 se espalha no Brasil.

O desdobramento do trabalho será procurar por mutações que possam ser associadas à gravidade e à facilidade de transmissão. Foram feitos os genomas completos dos vírus de 19 pacientes internados em hospitais de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Apenas dois desses 19 vírus têm origem asiática. Os demais são todos de origem europeia.

Segundo Ana Tereza Vasconcelos, uma das autoras do trabalho, há entre eles um “cluster” — um agregado de marcas no genoma que indicam que o vírus introduzido sofreu alterações após chegar ao Brasil.

Vasconcelos, que é coordenadora do Laboratório de Bioinformática do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, garante que o vírus "está realmente entre nós". e "há tempo e em quantidade suficientes para que essas alterações possam ocorrer e ser percebidas".

O sequenciamento é resultado de uma força-tarefa que passou 48 horas trabalhando sem interrupção no fim de semana. Além do LNCC, o grupo reúne cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apoiados pelas fundações de amparo a pesquisa dos seus estados (Faperj e Fapemig) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações (MCTIC).

A iniciativa contou com a parceria de pesquisadores do grupo de Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (CADDE/USP), e da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Eles são do mesmo grupo que sequenciou, também em tempo recorde, o genoma do vírus que infectou o primeiro paciente no Brasil.

O novo sequenciamento só foi possível em tão pouco tempo porque teve ainda o trabalho voluntário de alunos de pós-graduação de laboratórios que sofreram cortes recentes de bolsas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), vinculada ao Ministério da Educação.

Amostras

As amostras foram coletadas de pacientes atendidos pela UFRJ e também de alguns que tiveram exames feitos pelos laboratórios Hermes Pardini e Símile, ambos de Belo Horizonte.

Renato Santana, do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução da UFMG, e um dos coordenadores do estudo, "não teremos vacina ou remédios prontos a tempo de salvar as vítimas dessa pandemia".

No entanto, o grupo continuará a sequenciar e analisar genomas de coronavírus de pacientes de todo o Brasil e pretende aumentar a rede de colaborações.

O sequenciamento será feito inicialmente no LNCC, que também funcionará como um banco de amostras genéticas de Covid-19.

Santana destaca que "a análise genética mostra que ainda há vírus entrando" e que os cientistas vão continuar acompanhando "a dispersão da Covid-19 e usar inteligência artificial para identificar padrões que possam estar ligados a mudanças importantes, que aumentem a agressividade dele, por exemplo".

Os cientistas começarão também a analisar amostras de Sars-CoV-2 extraídas do sangue de pacientes em estado grave. A ideia é investigar se "há no material genético desses vírus algum indicador que possa ser associado à severidade da doença".

Até hoje, segundo Santana, nenhum trabalho revelou que o novo coronavírus sofreu alguma mutação que o tornasse mais letal.

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