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INSINUAÇÃO SEXUAL

‘Meu erro foi ter elogiado a beleza da moça’, diz motorista acusado de assédio. Polícia investiga

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga o motorista de aplicativo que fez insinuação sexual a uma passageira menor de idade no último domingo (16) em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre.Durante a tarde, a garota chamou um carro pelo

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erro foi ter elogiado a beleza da moça’, diz motorista acusado de assédio.
Polícia investiga camera Reprodução

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga o motorista de aplicativo que fez insinuação sexual a uma passageira menor de idade no último domingo (16) em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre.

Durante a tarde, a garota chamou um carro pelo aplicativo Uber para levá-la de sua casa até uma amiga. O homem passou a fazer insinuações sexuais. Ela, então, gravou a abordagem do motorista e divulgou nas suas redes sociais. A empresa baniu a conta do motorista após o caso.

"Não acreditei que aquilo estava acontecendo. Ele começou com elogios. 'Posso fazer uma confissão? Você é a passageira mais linda que já peguei', ele falou. Depois perguntou se eu tinha namorado ou era solteira. Eu disse que tinha namorado para já cortar o assunto. Ele disse que me namoraria. Mas falei que ele tinha idade para ser meu pai", contou a menina à reportagem.

"Não sou teu pai, não", é possível ouvi-lo dizer na gravação. "Eu faria coisas que teu pai não faria. Pode ter certeza", acrescentou.

"Fui vítima dela. Ela entrou preparada para a conversa, sorriu todo o tempo. Se fosse assediada, não estaria esparramada no banco dando risadinha. Isso prova a intenção dela", disse André Lopes Machado, 43, à reportagem.

"No vídeo estou rindo de nervosa, não estava sendo grosseira porque fiquei com medo de que ele fizesse algo mais sério. [Fiquei com] medo de ser grossa e que daí acontecesse algo comigo", disse a garota.

O homem disse ainda que o vídeo foi editado. "Minha ideia é que ela chamou o Uber para dar um golpe", disse Machado.

"Eu me senti assediada por ele. Olha as coisas que me disse, inclusive muito nojentas. Ele ofereceu um serviço, o mínimo é respeitar. Não é Tinder, não é paquera, é um serviço", disse a menina.

Apesar de ter se sentido assediada, o homem pode ser indiciado por perturbação da tranquilidade e não por assédio sexual, segundo a delegada do caso, Marina Dillenburg, da Delegacia da Mulher de Viamão.

"O assédio sexual, como previsto no código, precisa hierarquia entre autor e vítima, como patrão e funcionária, professor e aluna. [Neste caso] não se vê. É uma relação de consumo, a passageira usando um aplicativo. É um tipo de assédio, obviamente, mas não o previsto no Código", disse Dillenburg. A própria delegada procurou a família da garota após a repercussão nas redes sociais, orientando para que registrassem a ocorrência.

Segundo a delegada, após a repercussão nas redes sociais houve relatos de outras jovens que afirmam terem sido abordadas por Machado em paradas de ônibus e em academias. Nenhuma delas registrou ocorrência até o momento, disse Dillenburg.

Questionado sobre o ter justificado a abordagem porque a garota usava um "short do tipo Anitta, uma miniblusa", Machado respondeu que "virou um monstro nacional" e que seu "erro foi ter elogiado a beleza da moça". A afirmação foi dada à imprensa local e divulgada em um vídeo compartilhado pela cantora.

"Acabei de receber esse vídeo onde o motorista de Uber que assediou uma passageira menor de idade tenta justificar o injustificável (seu assédio) dizendo que a menina estava usando um short 'tipo Anitta' e sentada numa posição favorável ao assédio", escreveu Anitta em rede social.

"Foi um absurdo. Sempre disse para ela não pegar ônibus por causa dos assaltos. 'Pega Uber para se sentir segura', dizia. Daí vem um sem vergonha e faz uma coisa dessas. A mulher tem o livre arbítrio de ir e vir, no momento que quiser. Não é por ter o braço e perna de fora que tem que ser ofendida, não está se oferecendo por estar assim. Estava um calorão! Tem que ter respeito e ele não teve com ela", disse a mãe da jovem.

A Uber disse que "considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência contra mulheres. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes. A conta do motorista parceiro foi banida assim que a denúncia foi feita".

A empresa também disse que faz checagem de antecedentes criminais dos motoristas e que faz rechecagens dos motoristas aprovados a cada 12 meses.

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