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Testes para covid-19 abre brecha para finalistas do Paulistão

 A discussão entre os presidentes de Corinthians e Palmeiras às vésperas da decisão do Campeonato Paulista sobre a realização de testes de Covid-19 expôs a diferença de rigidez do protocolo da FPF (Federação Paulista de Futebol) em comparação com as diret

A discussão entre os presidentes de Corinthians e Palmeiras às vésperas da decisão do Campeonato Paulista sobre a realização de testes de Covid-19 expôs a diferença de rigidez do protocolo da FPF (Federação Paulista de Futebol) em comparação com as diretrizes utilizadas em outras competições.

Diferentemente das principais ligas europeias e do previsto pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para o Campeonato Brasileiro, as medidas de controle da doença adotadas pela FPF não estabelecem a testagem obrigatória de jogadores antes de cada partida. A entidade apela ao bom-senso dos clubes.

Foi com base nisso que o mandatário corintiano, Andrés Sanchez, afirmou que seus atletas não realizarão testes antes do primeiro jogo da decisão do Estadual, o que desagradou o Palmeiras. A federação conseguiu chegar a um acordo com os clubes para testagem prévia ao segundo duelo da final.

Corinthians e Palmeiras se enfrentam nesta quarta-feira (5), às 21h30, em Itaquera. O jogo da volta está marcado para sábado (8), às 16h30, no Allianz Parque.

O Palmeiras, por outro lado, já realiza testagem prévia às partidas, mas tem liberado seus jogadores do regime de concentração desde a retomada do Paulista, o que pode dificultar o controle e o monitoramento do contágio.

De acordo com o diretor médico da FPF, Moisés Cohen, houve consenso nas reuniões para a retomada da competição sobre a necessidade de estabelecer a concentração permanente até a conclusão do torneio, mas o protocolo é apenas sugestivo.

O controle rígido sobre os clubes, na sua visão, seria impossível de garantir, mesmo se o documento determinasse a obrigatoriedade dos processos.

"O protocolo não é mandatório, é uma sugestão aos clubes. Mas a responsabilidade do procedimento é do médico de cada equipe. Ainda que o Palmeiras não esteja concentrado, eles têm o cuidado de fazer os testes. E o Corinthians, concentrado, não tem a necessidade de ficar fazendo testes todos os dias. As alegações de Corinthians e Palmeiras são válidas", afirmou Cohen à reportagem.

"A FPF não tem esse poder de policiar. Você teria que vigiar as concentrações dos 16 clubes para saber o que está acontecendo em cada um. Não temos essa estrutura. Confiamos nos clubes e temos de acreditar nos médicos. A segurança dos atletas, em nenhum momento, está deixando de ser cuidada. Também não há no mundo nenhum protocolo que dê 100% de eficácia, a não ser que vivêssemos em uma bolha", completa o diretor.

Os clubes do Campeonato Paulista passaram por uma bateria de testes antes de os atletas reiniciarem oficialmente os treinos presenciais no mês de julho. Em 21 de junho, antes da reapresentação, o Corinthians informou que 21 jogadores haviam sido infectados.

Semanas depois, o volante colombiano Victor Cantillo recebeu diagnóstico positivo de Covid-19 e ainda não conseguiu entrar em campo desde que o campeonato foi reiniciado.

Na mesma época, nos testes realizados às vésperas da volta aos treinamentos, o Palmeiras identificou quatro atletas com a doença.

No próximo fim de semana, o Campeonato Brasileiro dará o seu pontapé inicial após ter seu início atrasado pela pandemia. A CBF publicou um documento de 60 páginas com as diretrizes sanitárias para tentar garantir a segurança da competição.

O protocolo nacional prevê testes nos jogadores e nas comissões técnicas nas vésperas dos jogos.

"A CBF, por intermédio da Comissão Médica Especial, irá realizar o exame (PCR) nos 23 atletas que serão relacionados para cada partida e no treinador. Isso ocorrerá antes do início de cada rodada das competições, a fim de termos os resultados antes das partidas", diz o documento.

A própria CBF será a responsável por conduzir e custear os testes, no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Jogadores ou profissionais que forem diagnosticados com Covid-19 no processo de testagem prévio às partidas serão afastados e proibidos de participarem dos jogos.

A confederação afirma que os clubes deverão listar previamente os membros de suas delegações em uma plataforma chamada "Portal do Médico". As delegações, com um limite de 42 pessoas (contando jogadores), serão liberadas para uma pré-escala, que deverá ser aprovada até 24 horas antes da realização da partida.

Nas grandes ligas europeias, os procedimentos foram mais padronizados. A Bundesliga, primeira a retomar sua disputa, ainda em maio, estabeleceu as normas para os outros campeonatos do continente que retornaram após o período de interrupção ocasionado pela pandemia.

No protocolo da liga alemã, jogadores e demais envolvidos nos jogos da competição passaram por testes PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) semanais, sempre próximos da realização das partidas. Em caso de semanas que tiveram mais de dois confrontos, era obrigatória a adoção dos dois testes no intervalo de sete dias.

Familiares e demais pessoas que participassem do convívio íntimo dos jogadores não eram obrigadas (por não terem contrato com clubes ou com a Bundesliga) a realizar os testes, mas se os atletas adotassem quarentena particular, como os palmeirenses que ganharam liberação das concentrações, esses jogadores deveriam ser obrigatoriamente testados novamente antes dos jogos.

A Premier League também estabeleceu testes semanais desde maio, ainda no período de volta aos treinos, para a identificação de possíveis casos positivos entre jogadores ou membros das comissões técnicas. Os resultados foram publicados semanalmente pela liga até a conclusão do campeonato.

O pico de infectados de acordo com os relatórios da Premier League aconteceu na primeira bateria de testes, feita nos dias 17 e 18 de maio, que informaram seis casos positivos entre os 748 profissionais testados.

No último relatório, publicado um dia após o término da competição, a liga afirmou que não houve infectados entre os 1,574 profissionais testados no intervalo de 20 a 26 de julho, semana que antecedeu a última rodada do torneio.

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