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Goleiro bicolor tem a chance que aguardava desde os 17 anos 

Paulo Ricardo teve paciência, sempre trabalhou forte e conseguiu, após um longo tempo, se firmar na meta bicolor em um grande momento do time

Imagem ilustrativa da notícia Goleiro bicolor tem a chance que aguardava desde os 17 anos  camera Clássico contra o Remo em fevereiro foi a primeira grande chance. Agora, é titular incontestável | Jorge Luiz/Paysandu

No começo do ano, Paulo Ricardo ouviu do então técnico bicolor Hélio dos Anjos que em 2020 ele seria o segundo goleiro do Paysandu. Com o tempo, ele foi tendo oportunidades, jogou um clássico Re-Pa e, há sete rodadas na Série C, dessa vez por critério técnico, passou a ser o titular absoluto do Papão, justamente no melhor momento do time na temporada. Desde que o camisa 23 assumiu a posição, o time bicolor nunca mais perdeu e passou a ser um forte candidato para a classificação para a segunda fase da competição.

Aos 24 anos, o fluminense de Nova Iguaçu (RS) está tendo a chance que esperava desde os 17 anos, quando chegou a Belém e foi aprovado no teste que fez na Curuzu. O bom momento é dividido com os companheiros. O Paysandu tem, no geral, a quinta melhor defesa entre os 20 times da Terceirona, mas se contado somente as últimas sete rodadas essa posição muda, passando para a melhor no retrospecto recente. Um desempenho que ele faz questão de dividir com os companheiros. “A defesa não é feita só de zagueiros e de laterais, todo mundo ajuda a marcar”.

Muito ativo nas redes sociais, Paulo Ricardo não se furta a falar sobre assuntos considerados espinhosos pela maioria dos atletas, como o racismo, pauta que vem permeando as discussões mundiais. “Estamos muito longe de ter igualdade tanto aqui no Brasil como nos EUA”, dispara. Em entrevista ao Bola ele falou sobre esse assunto, sobre as dificuldades para os jogadores da base e do incentivo que tem recebido da Fiel.

No começo do ano, o técnico Hélio dos Anjos disse que você seria o segundo goleiro. Isso foi um grande incentivador no início da temporada?

Incentivo e motivação nunca faltaram. Eu tive a oportunidade, a primeira, devido a uma força maior, por conta de algo muito chato que aconteceu com o Gabriel (o pai do então goleiro titular faleceu na véspera do primeiro Re-Pa do ano, o que tirou o jogador da partida), mas ao mesmo tempo recebi todo o apoio da comissão técnica, da diretoria e dos meus colegas, que apostaram e confiaram naquilo que viram no dia a dia, nos treinos, e graças a Deus, quando a oportunidade chegou, eu dei o meu melhor. Continuo trabalhando bastante para manter uma sequência sempre positiva.

São poucos os goleiros da base que chegam a titular na dupla Re-Pa, ao contrário do que se vê em outros clubes. Você acha que falta confiança no jogador local?

Talvez seja uma série de fatores, acho que oportunidade e investimento também. Hoje temos poucos goleiros locais em todos os clubes aqui do estado, mas se formos olhar para dentro da nossa casa, temos o Afonso, o Adailton e eu, que não sou paraense, mas já estou aqui há quase dez anos. Penso que hoje o Paysandu está em outro momento com relação à goleiro. Temos também o André e o Gabriel, que são grandes profissionais; e trabalhamos com professores bastante qualificados, caso do Austrália (Silvano Austrália,preparador de goleiros) e do Ronaldo, que sempre foi uma inspiração para mim.

Você lembra o que passou na sua cabeça quando foi avisado que seria titular contra o Vila Nova-GO, pela primeira vez por causa do critério técnico?

Eu fiquei tranquilo porque não era nenhuma novidade e encarei com naturalidade. Estou preparado, assim como os meus colegas de posição também estão. Só queremos ajudar o time a conquistar o objetivo principal que é o acesso.

Toda vez que você entra em campo você acha que está sendo observado de uma maneira mais exigente por ser jovem e vindo da base?

Pelo contrário, eu tenho recebido muito apoio da torcida. Nas redes sociais, graças a Deus noto muitas demonstrações de carinho. Isso é muito gratificante, esse reconhecimento. Sou um trabalhador que luta a cada dia para melhorar.

O que você conversa com os jogadores mais jovens, em especial sub-17, sub-15, garotos que almejam um dia estar em seu lugar?

Todo jogador jovem que vem da base precisa ter equilíbrio e paciência porque uma hora a oportunidade vai aparecer. No meu caso, goleiro, é mais complicado porque só um joga, então normalmente o tempo de espera é maior. Mas eu nunca deixei de acreditar.

Semana passada foi comemorado o Dia da Consciência Negra, como é o ambiente para os negros no futebol? Ainda há muito preconceito, em especial da torcida, mesmo a maioria dos atletas sendo negros e pardos?

Hoje em dia ainda vemos muitos comentários racistas vindo de torcedores, mas vemos também os atletas negros se posicionando sobre o assunto e vejo que esse é um passo muito grande para a luta contra o racismo.

Como você vê esses casos de violência contra negros no Brasil e nos EUA, principalmente, e a resposta que a sociedade vem tendo?

Estamos muito longe de ter igualdade tanto aqui no Brasil como nos EUA. Porém, grande parte da sociedade já consegue enxergar essas ações como um ato racista e não como um ato comum que poderia acontecer com qualquer pessoa e isso inibe os agressores de alguma forma.

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