Campeonatos de bairro também paralisaram por causa do novo coronavírus

A pandemia do novo coronavírus, definitivamente, parou com boa parte das atividades em público. A recomendação de isolamento social partiu das autoridades de saúde para o controle na contaminação com o Covid-19, que hoje já se faz presente no Estado. Até mesmo ocupações que serviriam como distração e lazer nesse momento de resguardo, hoje estão suspensas justamente para servirem de exemplo. As competições de futebol amador da Região Metropolitana de Belém são algumas que paralisaram o calendário, de maneira igual ao adotado no profissional, já que o seu poder de atrair grande quantidade de simpatizantes seria prejudicial no combate ao vírus.

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Segundo a coordenação responsável pelas ligas, torneio e campeonatos do mundo peladeiro local, mais de 900 times estão ligados na disputa de competições. No caso do Campeonato Paraense TMJ, que conta com 40 equipes da capital e do interior, a decisão foi o certo a se fazer. “A gente tinha que parar mesmo, porque o futebol pelada envolve muitas pessoas. Fiquei assustado com o que vi na Itália, nos jornais, com pessoas morrendo. Foi uma decisão tomada com os times e a coordenação. Não podemos dar chance ao azar”, disse o coordenador do TMJ, Allan Salimos, mais conhecido no meio da boleiragem como Narigote Battler Fifa.

Em princípio, as competições terão uma pausa para que uma nova reunião definitiva possa decidir como ficará o calendário das peladas. Sem pressa e com cautela, Narigote destacou que a cautela e solidariedade estão à frente de qualquer deliberação. “Demos 20 dias de suspensão e depois desse período vamos nos reunir para saber se já é possível retornar às atividades. Temos o ano todo ainda para realizar. É nosso lazer, nossa diversão, mas temos que focar primeiro na nossa saúde”, disse o responsável.

Com a decisão da paralisação das competições, os jogadores dos times de bairro também deixaram o seu parecer. O motoboy Jonhy Eduardo, que costuma jogar até cinco bolas em uma semana, comentou que a falta do futebol e da resenha com os seus ‘parças’ tem sido algo difícil de assimilar nesse começo de quarentena, por ser um momento de descontração, embora seja o correto. “O trabalho, o dia a dia, é estressante e o futebol nos dá esse gás, fazer gol e comemorar. Mas faz parte, isso nos faz dar valor ao que temos. Espero que isso passe logo para voltarmos a fazer o que gostamos”, disse o boleiro.