Sara Winter: de prostituta e feminista radical a ativista bolsonarista

Sara Winter é ativista bolsonarista e já foi alvo de busca e apreensão na operação da Polícia Federal, no final do mês de maio. Nos últimos dias, ela também chegou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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"Nunca mais vai ter paz na sua vida”, ameaça.“Não vão me calar, de maneira nenhuma. Pelo contrário. Eu sou uma pessoa extremamente resiliente. Pois agora...Pena que ele mora em São Paulo. Porque se ele morasse aqui eu já estava na frente da casa dele convidando para trocar soco comigo. Juro por Deus. Essa é a minha vontade. Queria trocar soco com esse fdp (xingamento), esse arrombado. Infelizmente, não posso. Ele mora lá em SP, não é? Pois você me aguarde, sr. Alexandre de Moraes", diz ela.

Em outro momento, Sara diz que o magistrado nunca mais terá paz na vida. "A gente vai infernizar sua vida, vamos descobrir os lugares que o senhor frequenta, a gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor... A gente vai descobrir tudo da sua vida até o senhor pedir para sair. Hoje o sr. tomou a pior decisão da sua vida”, ameaça ela.

Ok ok, isso tudo você já sabe, mas, afinal quem é Sara Winter? Mais do que isso: aproveitando que hoje é dia de #TBT, nada melhor que relembrar a trajetória da "loira".

Winter tem 27 anos, é youtuber e famosa pelas postagens em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A jovem se rotula como “ex-feminista” e é filiada ao Democratas. Ela também chegou a ser candidata a deputada federal do Rio de Janeiro, mas não conseguiu se eleger no pleito de 2018.

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Sara foi fundadora da variante brasileira do Femen, grupo feminista que protesta contra pautas como sexismo, homofobia, racismo e turismo sexual, mas após a segunda metade de 2013 atuou em um grupo próprio chamado BastardXS.

Em 2015, Winter começou a participar de um grupo chamado “Pró-Mulher” e, desde então, começou a militar contra todas as pautas que defendia anteriormente. Hoje, ela é uma das principais militantes em questões de políticas de direita e conservadoras ligadas às mulheres.

Winter chegou a ser, em 2019, coordenadora de políticas de maternidade do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro.

Acampamento 300 do Brasil

Em Brasília, Sara Winter é responsável pelo acampamento 300 do Brasil, grupo que é o principal incentivador dos recentes protestos antidemocráticos na Esplanada a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O grupo se intitula “o maior acampamento de ações estratégicas contra a corrupção e a esquerda do mundo”, que acabou entrando na mira de autoridades, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e a Polícia Civil (PCDF), após Sara declarar que os integrantes possuem armas.

Sara também usa as redes sociais para atingir o maior número de adeptos. Ela é a principal responsável pelo recrutamento de membros para engrossar as fileiras do movimento, com convidados de vários estados.

Big Brother Brasil

Em 2014, a ativista tentou uma vaga para participar do programa da TV Globo. No vídeo enviado a produção, ela afirmava que defendia a luta contra o “machismo em geral", disse responder por 12 processos criminais de atos obscenos e vandalismo e que chegou a ser prostituta por 10 meses.