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QUARENTENA LITERÁRIA

Luiz Antônio Simas conversa com leitores sobre livro inspirado pela força das ruas cariocas

O compositor e escritor Luiz Antônio Simas, também conhecido como o “historiador das ruas”, por seus trabalhos relacionados às diversas culturas populares no Rio de Janeiro, que emanam de suas praças, esquinas e botequins, é o convidado de hoje, às 10h, d

Imagem ilustrativa da notícia Luiz Antônio Simas conversa com leitores sobre livro inspirado pela força das ruas cariocas camera O compositor e escritor é um dos autores que participam da “Quarentena Literária” na internet. | Divulgação

O compositor e escritor Luiz Antônio Simas, também conhecido como o “historiador das ruas”, por seus trabalhos relacionados às diversas culturas populares no Rio de Janeiro, que emanam de suas praças, esquinas e botequins, é o convidado de hoje, às 10h, da “Quarentena Literária”, promovida pelo grupo editorial Record, que ocorre até o próximo dia 31, na internet, com bate-papo entre diversos autores e leitores.

Por lá, ele vai falar um pouco mais sobre o seu recente livro “O Corpo Encantado das Ruas”. Com uma capa que imita as embalagens de doces distribuídos na época de São Cosme e Damião - outro elemento cultural que remete às ruas -, ele reúne 42 ensaios sobre os subúrbios e a força que emana de cada encruzilhada. A obra é ainda uma referência ao livro “A Alma Encantadora das Ruas”, publicada em 1908 por João do Rio.

“Eu tenho a impressão que, na verdade, ele é um livro que dialoga muito com o ‘Pedrinhas Miudinhas’, que é um livro meu de 2013, e tem a rua como ambiente em que as coisas acontecem. E eu sou um historiador da rua, eu faço uma história que dialoga muito com a literatura. ‘O Corpo Encantado...’ é um livro que fica numa encruzilhada entre a História e a Literatura. Tudo que eu trabalho, sobre samba, carnaval, futebol, festas populares, se a gente parar para pensar, o elemento que cruza todos eles é a rua”, afirma.

A forma de abordagem veio ainda de sua experiência escrevendo para os jornais cariocas “O Dia” e o “O Globo”. “Eu descobri que a crônica é um gênero muito interessante para a gente falar dessas coisas. E tive a ideia de exercitar um pouquinho um estilo que fica no meio do caminho entre o ensaio e a crônica - de novo a encruzilhada presente ali”, aponta. E se é curioso estar falando sobre rua em um momento que a gente não pode estar na rua, sim, ele concorda que é bem interessante poder fazer esse contraponto - e difícil para ele.

“Não sou só historiador da rua, eu vivo na rua”, diz ele, conhecido por palestrar na universidade tanto quanto em praça pública. “Eu gosto da rua, preciso parar para ver o que está acontecendo. ‘O Corpo Encantado das Ruas’ foi fruto de muita observação de como os corpos da rua se manifestam, como as culturas da rua se estabelecem. É brabo [estar em quarentena] porque costumo dizer que a rua para mim é um arquivo. Tem historiador que vai para o arquivo estudar a história do século 16, 17; o arquivo para a história que eu faço é em larga medida você estar na rua vendo as coisas acontecerem”.

E mesmo que esteja sempre batendo perna por aí, de terreiros a botequins, o autor também é conhecido por ser bastante conectado, com muito conteúdo em rede social. Por isso, uma “Quarentena Literária” na internet, não é exatamente uma novidade para ele. “É interessante porque é um encontro aberto para gente de tudo quanto é lugar. A minha perspectiva é muito carioca, num certo sentido, mas como acho que há elementos de rua que estão presentes em praticamente todas as cidades, de todas regiões, a gente pode estabelecer uma conexão bem interessante”.

Ao olhar do historiador, o mundo tem chances de sair um pouco melhor dessa situação de crise. “Se a gente aproveitar essa crise para ter um certo amadurecimento em relação ao que a sociedade civil deve ser, ou como ela deve atuar, ou que rede de solidariedade e conexão nós temos que estimular, e muitas delas no campo da cultura, da economia criativa, eu acho que pode vir uma boa mudança”, diz ele.

Ele compartilha um pouco do que tem feito, como ouvir muitas músicas que não ouvia há tempos e reler alguns cronistas. “Ontem, algo do Nelson Rodrigues, as obras completas do Rubem Braga estão na cabeceira, são aquelas leituras noturnas”. E já tem novo livro em vista: “Estou relendo muita coisa porque estou em processo de pesquisa já visando um próximo livro, sobre a história da umbanda, como a gente pode pensar o Brasil a partir da umbanda”, adianta.

Como Participar?

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4) Receba por e-mail a notificação de início do bate papo escolhido

5) Participe da conversa no horário marcado

Programação

Hoje, 10h - Luiz Antônio Simas; 20h - Carina Rissi

Quinta (26), 17h - Fabrício Carpinejar

Sexta (27), 10h - Manuel da Costa Pinto; 17h - Regina Navarro Lins

Terça (31), 10h - Marcia Tiburi; 21h - Everton Behenck

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