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ORIGENS

Estilista paraense lança peças que exaltam a Amazônia e se destaca na Vogue

Marco Normando lança sua label com peças que evocam Amazônia sem clichês

Imagem ilustrativa da notícia Estilista paraense lança peças que exaltam a Amazônia e se
destaca na Vogue camera Imagens como a cauda de um pirarucu ou a forma de uma vitória-régia inspiraram as formas da coleção “Travessia”, fortemente amparada na alfaiataria. | Divulgação

O estilista Marco Normando acaba de lançar sua própria marca, a Normando, e a estreia já foi com bons destaques. Em reportagem de Alice Coy para a revista “Vogue Brasil” deste mês, o paraense pôde apresentar a primeira coleção, intitulada “Travessia”, sendo vestida pela modelo paraense Carol Ribeiro, em um ensaio que também contou com o styling de Sam Tavares, outro paraense que vem ganhando espaço na moda. Foram colocadas em destaque as referências amazônicas das peças e a aposta em cortes clássicos de alfaiataria com texturas e acabamentos especiais, como um blazer assimétrico, inspirado na cauda do pirarucu.

“Eu estava construindo a marca desde dezembro, com lançamento previsto para março deste ano, mas com a pandemia a gente acabou adiando para o final do mês de julho. E aí, a ‘Vogue’ se interessou em fazer a matéria. Foi superlegal porque acabamos de lançar e a ‘Vogue’ tem um nome tão grande e importante nas publicações e no mercado de moda”, comenta o estilista.

Em julho, a cantora Liniker já havia feito a divulgação de sua live com Milton Nascimento e Xenia França usando uma camisa da coleção. E este mês, a revista “Glamour” também trouxe a digital influencer Magá Moura usando a calça Aoba da Normando.

Para uma primeira coleção, Marco conta que ficou muito claro que era preciso falar de origens. “A ‘Vogue’ viu bem essa característica, de um trabalho que fala sobre a identidade de uma pessoa que vem do Pará. Tem uma camisa com linhas que simula uma vitória-régia, um blazer que simula a calda do pirarucu, com recorte para vestir bem no corpo, que tem aberturas que lembram as guelras do peixe. Cada peça traz detalhes que contam um pouco dessa história”, aponta. Outro ponto-chave foi buscar o olhar dos artistas paraenses sobre essa diversidade de fauna, flora e de gente da Amazônia.

“O Emídio Contente, meu sócio, também é paraense e atua na marca como diretor/coordenador/curador. Ele sempre me traz artistas de Belém que conversam com o que a gente acredita, são artistas como a Elza Lima, a Paula Sampaio… Quero fazer uma cartela de cor, abro um livro do Luiz Braga, pego uma pincelada dali, é um processo muito rico. E algo que levou tempo, de fato, para a gente fechar, por ser uma primeira coleção, que deve já mostrar o que é a marca”, explica. Elza Lima, inclusive, foi convidada a ter suas fotos como referência para a apresentação da primeira coleção da Normando.

As fotos escolhidas para esse projeto fazem parte do acervo da artista das décadas de 1980 e 1990, em preto e branco, com cenas amazônicas. “A Elza sempre foi grande inspiração para mim e o Emídio, eu já amava muito, tenho um livro maravilhoso dela. E ela tem um olhar muito único dessas perspectivas das pessoas, do cenário, os animais estão sempre presentes”, comenta Normando.

Além de fazer um lookbook da coleção, um material mais comercial, mostrando a roupa, o acabamento, ele explica que a campanha é outra história. “É ela que fala da essência da marca e pensamos juntos na Elza, que olha esse cotidiano dos ribeirinhos e transforma em uma imagem tão bonita, tão bem construída”, elogia.

Além de refletir suas raízes amazônicas, o estilista destaca como trouxe para a marca muito do seu aprendizado sobre criação e alfaiataria, de quando fez parte da equipe de estilo de Alexandre Herchcovitch, convite que recebeu do estilista em 2013 e o levou a se mudar para São Paulo. “Durante esses três anos que passei com ele, aperfeiçoei muito o que tinha aprendido antes e, principalmente, sobre alfaiataria, acabamentos. Ele faz peças impecáveis, consegue usar as técnicas de alfaiataria para fazer calças, shorts, vestidos. A Normando tem várias peças com construção de alfaiataria”.

Por fim, ele fala sobre o nome dado a esta coleção de estreia. “Travessia” é a música de Milton Nascimento que o estilista está sempre ouvindo, mas também, diz ele, faz pensar na travessia dos barcos, canoas cruzando os rios amazônicos de uma margem à outra. “Fala dessa travessia que a gente fez como marca, desde dezembro criando algo, para chegar a essa outra margem, do lançamento. Fala de passar por um rio turbulento, porque trabalhar com moda no Brasil não é fácil. E até desse momento de pandemia, em que todo mundo se isolou. Viramos ilhas, e estamos passando por um momento de travessia. Para mim, tudo casou para colocar esse nome”, finaliza.

ONDE ACHAR

Normando

Loja on-line pronta entrega: @normandooficial

www.normando.co

Ateliê sob-medida (com agendamento): Rua Libero Badaró, 306, São Paulo/SP

Contatos: (011) 3241-2436 ; [email protected]

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